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Freguesia | ||||
Travessa da Consolação em Boliqueime | ||||
Símbolos | ||||
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Localização | ||||
Localização no município de Loulé | ||||
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Coordenadas | ||||
Região | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Região | |||
Município | Predefinição:Info/Freguesia de Portugal/Concelho | |||
Administração | ||||
Tipo | Junta de freguesia | |||
Características geográficas | ||||
Área total [1] | 46,21 km² | |||
População total (2021) [2] | 4 794 hab. | |||
Densidade | 103,7 hab./km² |
Boliqueime é uma freguesia portuguesa do município de Loulé[3], com 46,21 km² de área e uma população de 4794 habitantes (censo de 2021)[4], tendo uma densidade populacional de 103,7 h/km², o que lhe permite ser classificada como uma Área de Baixa Densidade (portaria 1467-A/2001).[5].
Boliqueime é sede de freguesia, com 42 km2 de extensão, e mais de 6000 habitantes. Pela prefeitura foi esta freguesia unida ao Concelho de Albufeira. Pela Lei de 17 de Abril de 1838 anexada ao antigo Concelho de Loulé, tendo voltado a pertencer ao Concelho de Albufeira entre 10 de Julho de 1839 e 24 de Outubro de 1855, data em que Boliqueime passou, definitivamente, a integrar o novo Concelho de Loulé onde permanece até aos nossos dias.
Boliqueime surgiu onde se encontram olhos de água. O topónimo "Boliqueime" deriva do italiano "bulicame" que significa "fonte termal", estando a criação desta aldeia ligada aos genoveses, venezianos e sicilianos que, nos séculos XIII, XIV e XV, demandavam a costa algarvia para a pesca do atum e da baleia e iam aos Olhos D’Água (ou seja a Boliqueime) carregar a indispensável água potável. Obviamente o sufixo português "-queime" substituí o falso sufixo italiano "-came", assim exprimindo o sentido do adjetivo "termal".
Este nome, que agradou aos seus naturais, foi adoptado pelos populares e ficou na povoação desde que Boliqueime se “deslocou” para onde actualmente está implantado.
População
Património
A título de curiosidade, reza a história que foi na freguesia que D. João I mandou fazer as primeiras experiências de plantação de cana-de-açúcar. Afetada pelo sismo de 1755, a igreja matriz de Boliqueime teve que ser novamente edificada, sendo actualmente um dos pontos de atracção turística em Boliqueime, seguindo-se o museu e a Igreja de S. Faustino, santo a quem a população dedica uma festa e grande devoção por este ser apelidado de advogado dos quebrados.
A excelência da paisagem e o superior acolhimento da sua gente constituem, igualmente, fortes atracções para nacionais e estrangeiros que de longe a visitam e a escolhem para residência. Os valores da ruralidade caracterizam a freguesia de Boliqueime, que vive fundamentalmente da agricultura de sequeiro e de regadio, para além do comércio que se localiza próximo do aglomerado urbano e na Fonte de Boliqueime e se estende, igualmente, ao longo da EN 125.
Mantêm-se, também, ainda vivas na freguesia algumas tradições, tais como as feiras de 4 de agosto e 17 de outubro, a festa em honra de Nossa Senhora das Dores, São Luís e São Sebastião, em Setembro e a festa de São Faustino, no Domingo de Pascoela. De tradição mais recente, em meados de Junho, têm lugar no átrio da Igreja Matriz as festas populares de São João.
Realizam-se são também passeios pedestres pelas paisagens da freguesia, de onde se podem vislumbrar o mar, antigos moinhos de vento, poços de água, miradouros, ribeiras de águas límpidas e cristalinas e as mais variadas vegetações.
Figuras ilustres
Boliqueime é o lugar de nascimento do político e economista Aníbal Cavaco Silva, que foi Primeiro-Ministro de Portugal entre 1985 e 1995 e Presidente da República entre 2006 e 2016. A Escola Básica Integrada de Boliqueime foi inaugurada no dia 19 de setembro de 1994 e tem o nome EBI Prof. Doutor Aníbal Cavaco Silva.
É também o lugar de nascimento da escritora Lídia Jorge (1946) e da escritora e ensaísta Maria Aliete Galhoz (1929).
Referências
- ↑ «Áreas das freguesias, municípios e distritos da CAOP2013» (em português). Separador Areas_Freguesias_CAOP2013. Direcção-Geral do Território. 2013. Consultado em 1 de Abril de 2014. Cópia arquivada em 4 de Dezembro de 2013
- ↑ «População residente, segundo a dimensão dos lugares, população isolada, embarcada, corpo diplomático e sexo, por idade (ano a ano)» (em português). Informação no separador "Q601_Algarve". Instituto Nacional de Estatística. Consultado em 1 de Abril de 2014. Cópia arquivada em 4 de Dezembro de 2013
- ↑ «Lei n.º 11-A/2013 de 28 de janeiro (Reorganização administrativa do território das freguesias)» (pdf) (em português). Diário da República eletrónico. Consultado em 1 de Abril de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 6 de Janeiro de 2014
- ↑ INE. «Censos 2021 - resultados preliminares». Consultado em 29 de julho de 2021
- ↑ Teixeira, Ângelo José Lopes (2006). Tipologia sócio-económica das freguesias da Região do Algarve, 1991 - 2001, Dissertação de mest., Economia Regional e Desenvolvimento Local,Faculdade de Economia, Univ. do Algarve
Ligações externas