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Biópsia pleural

Derrame pleural
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Classificação e recursos externos
CID-10 J90-J91
CID-9 511.9
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Biópsia pleural é um procedimento cirúrgico em que é realizada a remoção de pequena quantidade da pleura para estudo histopatológico.
A biópsia pleural é um procedimento cirúrgico adjuvante de extrema importância no diagnóstico das doenças da cavidade pleural.
Na doença pleural com derrame pleural é de fundamental importância na definição da doença que acomete a pleura localmente e/ou o doente de modo sistêmico.
Após a Toracocentese com a coleta do líquido pleural é realizada a classificação em:

  • derrame pleural do tipo transudato
  • derrame pleural do tipo exsudato

Freqüentemente, no derrame pleural do tipo transudato, não há necessidade de estudos laboratoriais adicionais, ao contrário dos derrames pleurais do tipo exsudato, que requerem a continuidade da investigação clínica para o estabelecimento do diagnóstico etiológico através da Biópsia pleural.

Acesso cirúrgico

Agulha de biópsia pleural[1]

Os fragmentos de tecido pleural podem ser obtidos por agulha ou sob visão direta através de toracoscopia ou toracotomia e serem encaminhados para a anatomia patológica.

Cuidados com tecido pleural

Sob o ponto de vista do patologista, alguns aspectos são importantes e podem facilitar sobremaneira a análise e o diagnóstico.
Os fragmentos de biópsia de pleura obtidos para o diagnóstico diferencial dos derrames pleurais do tipo exsudato devem ser coletados de forma sistemática com o objetivo de otimizar o diagnóstico e facilitar a instituição da terapêutica adequada.
É importante que, no momento de obter o material, se tome o cuidado para não comprimir os fragmentos com pinças.

Número de fragmentos de biópsia

Quando as biópsias são realizadas por agulha, o número ideal de fragmentos é superior a três e o tamanho de cada fragmento obtido deve ser de 3 X 1mm.[2]

Rotina diagnóstica e fixação do fragmento

  • Cortes por congelamento. Obtidos por toracoscopia, os cortes por congelamento de porções representativas da pleura podem ser necessários em pacientes com quadros clínicos graves.
  • Colorações de rotina para doenças infecciosas poderão ser feitas nos cortes por congelamento, para pesquisa de BAAR e fungos.
  • Colorações Hematoxilina & Eosina. Os fragmentos de pleura devem ser acondicionados imediatamente após coleta em formalina a 10% tamponada e não precisam ser guardados em geladeira.
  • Imunohistoquímica. Os fragmentos de pleura devem ser acondicionados imediatamente após coleta em formalina a 10% tamponada e não precisam ser guardados em geladeira.
  • Microscopia eletrônica. Para microscopia eletrônica, os fragmentos devem ser acondicionados em glutaraldeido 2% em tampão fosfato 0,1 molar durante 2 horas, e a seguir para transporte em soro fisiológico com sacarose.
  • Cultura de microorganismos. Os fragmentos deverão ser acondicionados em frascos apropriados para cultura de microorganismos fornecidos pelo Laboratório de Patologia Clínica, contendo solução específica para cultura (micobactérias, bactérias, fungos).

Exame microscópico

Compartimentos pleurais

  • Espaço vísceroparietal ( ) Livre ( ) Preenchido
  • Tela conjuntiva submesotelial ( ) Presente ( ) Ausente
  • Gordura submesotelial ( ) Presente ( ) Ausente

Reação inflamatória ( ) Presente ( ) Ausente

  • ( ) aguda exudativa
  • ( ) aguda supurativa
  • ( ) tecido de granulação
  • ( ) tipo artrite reumatóide
  • ( ) crônica produtiva
  • ( ) crônica granulomatosa

Infiltrado por mononucleares em banda na gordura submesotelial ( ) Presente ( ) Ausente

Vasculite ( ) Presente ( ) Ausente

  • ( ) colagenose
  • ( ) granulomatose de Wegener

Neoplasia ( ) Presente ( ) Ausente

  • ( ) benigna
  • ( ) maligna
    • Linhagem ( ) Presente ( ) Ausente
      • ( ) epitelial
      • ( ) mesotelial
      • ( ) mesenquimal
        • Sítio
          • ( ) primário
          • ( ) metastático

Agentes etiológicos

  • ( ) infecciosos
  • ( ) fungos
  • ( ) tuberculose BAAR

Outros

  • ( ) poeiras minerais
  • ( ) asbestos

Contraindicações

Por ser um procedimento cirúrgico, os distúrbios da coagulação são a principal contraindicação para a realização da biópsia de pleura. Portanto, não devem ser submetidos a este procedimento aqueles em uso de anticoagulantes ou com tempo de sangramento alterado. Quando a contagem total de plaquetas for inferior a 50.000/mm3 deve-se corrigir esta plaquetopenia antes de realizar a toracocentese com biópsia pleural. Deve-se evitar a biópsia pleural nos pacientes não colaborativos ou quando houver a presença de lesões e/ou infecções na pele.[3]

Referências

  1. A modified outer cannula can help thoracentesis after pleural biopsy. de Menezes Lyra R. Chest. 1997 Jul;112(1):296.[1]
  2. J. bras. pneumol. vol.32 suppl.4 São Paulo Aug. 2006. Diretrizes na Abordagem Diagnóstica e Terapêutica das Doenças Pleurais
  3. J Bras Pneumol. 2006;32 Suppl 4:S170-3. Thoracentesis and pleural biopsy. Sales R, Onishi R.
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