Bendito Fruto | |
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Bendito Fruto.jpg Pôster promocional do filme. | |
Brasil 2005 • cor • 91 min | |
Direção | Sergio Goldenberg |
Produção | Predefinição:Plainlist |
Produção executiva | Beth Formaggini |
Roteiro | Predefinição:Plainlist |
Elenco | Predefinição:Plainlist |
Gênero | comédia dramática |
Música | Fernando Moura |
Cinematografia | Antônio Luís Mendes |
Direção de arte | Claudio Amaral Peixoto |
Figurino | Angéle Fróes |
Edição | Predefinição:Plainlist |
Companhia(s) produtora(s) | Predefinição:Plainlist |
Distribuição | Riofilme |
Lançamento | 20 de maio de 2005[1] |
Idioma | português |
Receita | R$ 453 mil |
Bendito Fruto é um filme de comédia dramática brasileiro de 2005 dirigido por Sergio Goldenberg a partir de um roteiro do diretor em parceria com Rosane Lima. O filme conta a história de Maria e os conflitos raciais que ela enfrenta em seu relacionamento com Edgar. É protagonizado por Zezeh Barbosa, Otávio Augusto, Lúcia Alves, Camila Pitanga e Vera Holtz.
Bendito Fruto teve sua estreia no Festival de Cinema de Brasília em 28 de novembro de 2004 e foi lançado no Brasil a partir de 20 de maio de 2005 pela Riofilme.[2] O filme foi recebido com avaliações mistas por parte dos críticos que, no geral, o classificaram como uma comédia romântica que se utiliza dos clichês do gênero com toques de originalidade.[3] O filme teve um desempenho comercial relativamente satisfatório entre as produções nacionais, alcançando uma receita de mais de R$ 453 mil.[4]
A performance de Zezeh Barbosa no filme foi bastante elogiada pela crítica e a atriz recebeu nomeações nas mais importantes premiações do cinema brasileiro. Foi indicada pela Academia Brasileira de Cinema ao Grande Otelo de Melhor Atriz, além de receber indicações no Prêmio Guarani e Prêmio ACIE de Melhor Atriz, e no Prêmio Arte Qualidade Brasil na categoria Melhor Atriz de Cinema.[5] No Festival de Brasília de 2004, a atriz recebeu o Troféu Candango de Melhor Atriz.[6] Otávio Augusto, Lúcia Alves, Camila Pitanga e Vera Holtz também foram reconhecidos por seus desempenhos em premiações.
Sinopse
Edgar (Otávio Augusto) vive uma vida complicada e de aparências: possui um salão de cabeleireiro e é amasiado com Maria (Zezeh Barbosa). Se faz de homossexual para as clientes, e apresenta Maria como sua empregada, por ela ser negra. Tem um filho com ela, mas o rapaz não sabe que ele é o pai. Virginia (Vera Holtz), uma antiga amiga de escola resolve visitar Edgar, mas sofre um acidente e perde sua bolsa. Fica na casa de Edgar até se recuperar, e dá em cima dele, pensando que ele é um solteirão.
Maria, Edgar, Virgínia, Telma (Lúcia Alves) e Choquita (Camila Pitanga) se reúnem todas as tardes no salão de beleza de Edgar para assistir à novela Primeiro Amor. Passado um tempo, o filho de Maria e Edgar, Anderson (Evandro Machado), chega da Europa com seu novo namorado: Marcelo Monte (Eduardo Moscovis), o galã da novela.
Elenco
- Zezeh Barbosa como Maria Silva da Conceição
- Otávio Augusto como Edgar
- Vera Holtz como Virgínia Mateus dos Santos
- Lúcia Alves como Telma
- Camila Pitanga como Alda Inês dos Santos "Choquita"
- Evandro Machado como Anderson Silva da Conceição
- Eduardo Moscovis como Marcelo Monte
- Enrique Diaz como Auê
- Thelmo Fernandes como enfermeiro
- Mariana Lima como Gabriela
- Carla Faour como noiva
Produção
O filme é a primeira direção de longa-metragem de ficção do cineasta Sergio Goldenberg. O roteiro do filme foi escrito em parceria entre o diretor e a autora Rosane Lima. A produção do filme foi iniciada em 2001. A atriz Zezeh Barbosa foi escolhida especialmente pelo diretor do filme para viver a protagonista, sendo esse seu primeiro papel principal em uma grande produção (anteriormente, ela havia protagonizado os curtas-metragens O Xadrez das Cores e Fátima). À época da produção, a atriz estava trabalhando como repórter no Vídeo Show e uma amiga a avisou que o diretor queria que ela protagonizasse o filme, os dois conversaram e o diretor pediu para que a atriz ler algumas cenas, mais tarde ela aceitou o convite.[6]
A preparação de elenco foi feita pelo ator Enrique Díaz, o qual atua em participação especial no filme, e pelo próprio diretor Sergio Goldenberg.[6] As gravações ocorreram na cidade do Rio de Janeiro. O filme é uma coprodução entre a Riofilme, ZDF, Teleimage, Imagem Popular e Trópicos Arte e Comunicação.
Lançamento
Bendito Fruto teve sua première no Festival de Brasília em 28 de novembro de 2004, onde concorreu na mostra competitiva. Em março de 2005, o filme teve sua estreia mundial durante o Toulouse Latin America Film Festival. A estreia comercial do filme se deu em 20 de maio de 2005 pela distribuidora Riofilme.[2] Em 27 de abril de 2006 participou do Paris Brazilian Film Festival.
Recepção
Resposta da crítica
O filme teve uma recepção mista por parte dos críticos. Em crítica ao site Omelete, Érico Fuks atribuiu ao filme 3 de 5 estrelas, o que o classifica com "Bom", e disse: " Os personagens, diluídos em suas ambições e frustrações, vivendo o mundo individualista de sonhos das novelas, cada qual em sua casa e com seu bife e macarrão, acabam se encontrando na claridade do dia nesse antro de fofocas. "O salão é um confessionário", é uma das frases de Telma que melhor resume o cume do filme. Há também um pouco de Mike Leigh em Bendito Fruto. Um ambiente pequeno, metonímia de um universo maior, palco de um caldeirão de sentimentos e crises que abalam a sociedade em estado permanente de convulsão. Há clímax e anti-clímax em ambos, com a diferença de que nos filmes ingleses o chá serve como analgésico para os ataques de histeria, enquanto que no longa brasileiro basta a revista Caras do mês retrasado."[7]
Robledo Milani, do site Papo de Cinema, deu uma nota 7 em 10 ao filme, escrevendo: "Fácil sem ser tolo, envolvente apesar de corriqueiro, Bendito Fruto é uma legítima comédia romântica. Mesmo não evitando os clichês do gênero, consegue fazer proveito deles com originalidade e parcimônia. Uma ótima opção de cinema nacional, recomendado aos que apreciam, acima de tudo, uma boa história."[3]
Prêmios e indicações
Bendito Fruto se saiu vencedor de dois Troféus Candangos no Festival de Brasília, sendo eles nas categorias nas categorias de Melhor Atriz para Zezeh Barbosa) e Melhor Atriz Coadjuvante para Lúcia Alves[8][9] Além disso, esteve na mostra competitiva do festival e concorreu ao Candango de Melhor Filme.[10][11][12] Ganhou dois Prêmios ACIE de Cinema nas categorias de Melhor Ator para Otávio Augusto e Melhor Roteiro para Rosane Lima e Sérgio Goldenberg.[13] Também foi indicado a dois Prêmios ACIE na categoria de Melhor Atriz para Vera Holtz e Zezeh Barbosa.[13]
No Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2007, o filme recebeu sete indicações, incluindo as categorias de Melhor Filme, Melhor Ator para Otávio Augusto, Melhor Atriz para Zezeh Barbosa, Melhor Atriz Coadjuvante para Lúcia Alves e Camila Pitanga, Melhor Roteiro Original e Melhor Direção de Arte. Zezeh Barbosa ainda foi indicada ao Prêmio Guarani de Melhor Atriz em 2006.
Ano | Associações | Categoria | Recipiente(s) | Resultado |
---|---|---|---|---|
2004 | Festival de Cinema de Brasília | Melhor Filme | Bendito Fruto | Predefinição:Indicado |
Melhor Atriz | Zezeh Barbosa | rowspan="2" Predefinição:Venceu | ||
Melhor Atriz Coadjuvante | Lúcia Alves | |||
2005 | Prêmio Arte Qualidade Brasil - RJ | Melhor Filme | Bendito Fruto | rowspan="7" Predefinição:Indicado |
Melhor Diretor | Sergio Goldenberg | |||
Melhor Ator | Otávio Augusto | |||
Melhor Atriz | Zezeh Barbosa | |||
Prêmio Arte Qualidade Brasil - SP | Melhor Ator | Otávio Augusto | ||
2006 | Prêmio Guarani de Cinema Brasileiro[2] | Melhor Atriz | Zezeh Barbosa | |
Melhor Figurino | Angèle Fróes | |||
Prêmio ACIE de Cinema | Melhor Ator | Otávio Augusto | Predefinição:Venceu | |
Melhor Atriz | Vera Holtz | rowspan="2" Predefinição:Indicado | ||
Zezeh Barbosa | ||||
Melhor Roteiro | Sergio Goldenberg e Rosane Lima | Predefinição:Venceu | ||
2007 | Grande Prêmio do Cinema Brasileiro | Melhor Filme | Bendito Fruto | rowspan="7" Predefinição:Indicado |
Melhor Ator | Otávio Augusto | |||
Melhor Atriz | Zezeh Barbosa | |||
Melhor Atriz Coadjuvante | Camila Pitanga | |||
Lúcia Alves | ||||
Melhor Roteiro Original | Sergio Goldenberg e Rosane Lima | |||
Melhor Direção de Arte | Claudio Amaral Peixoto |
Referências
- ↑ «Comédia "Bendito Fruto" diverte com estereótipos». UOL Cinema. 19 de maio de 2005. Consultado em 27 de abril de 2015
- ↑ 2,0 2,1 2,2 «Bendito Fruto (2005) – RioFilme» (em português). Consultado em 30 de outubro de 2021 Erro de citação: Etiqueta inválida
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; Nome ":0" definido várias vezes com conteúdo diferente - ↑ 3,0 3,1 «Bendito Fruto» (em português). Consultado em 30 de outubro de 2021
- ↑ «Cinema | Observatório Brasileiro do Cinema e do Audiovisual». oca.ancine.gov.br. Consultado em 30 de outubro de 2021
- ↑ AdoroCinema, Bendito Fruto: Curiosidades (em português), consultado em 30 de outubro de 2021
- ↑ 6,0 6,1 6,2 «Mulheres do Cinema Brasileiro - Entrevistas Depoimentos». www.mulheresdocinemabrasileiro.com.br. Consultado em 30 de outubro de 2021
- ↑ Fuks, Érico (19 de maio de 2005). «Bendito Fruto | Crítica». Omelete (em português). Consultado em 30 de outubro de 2021
- ↑ «Comédia carioca diverte Festival de Brasília na reta final». UOL. 29 de novembro de 2004. Consultado em 21 de dezembro de 2019
- ↑ «"Peões" vence o Festival de Brasília». Folha de S.Paulo. 1 de dezembro de 2004. Consultado em 21 de dezembro de 2019
- ↑ Tereza Novaes (2 de dezembro de 2004). «Eduardo Coutinho vence Festival de Brasília». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de dezembro de 2019
- ↑ Mariane Morisawa (13 de dezembro de 2004). «Domínio da política». IstoÉ Gente. Consultado em 21 de dezembro de 2019
- ↑ «"Bendito Fruto", uma rara comédia nacional». Estadão. 20 de maio de 2005. Consultado em 21 de dezembro de 2019
- ↑ 13,0 13,1 «2006 - Prêmio ACIE de Cinema». Prêmio ACIE de Cinema. Consultado em 21 de dezembro de 2019
Ligações externas