Ben Abraham | |
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Nome completo | Henry Nekrycz |
Nascimento | 11 de dezembro de 1924[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Lodz |
Morte | 09 de outubro de 2015 (90 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] São Paulo |
Residência | São Paulo |
Ocupação | escritor e historiador |
Henry Nekrycz, mais conhecido pelo pseudônimo de Ben Abraham, (Lodz, 11 de dezembro de 1924 - São Paulo, 9 de outubro de 2015) foi um escritor e historiador polonês, naturalizado brasileiro.
Biografia
Polonês de Lodz, filho de Abraham Nekrycz e de Ida Nekrycz, Abraham sobreviveu ao gueto de sua cidade natal e aos campos de concentração durante a ocupação alemã sobre seu país.
Depois de ficar confinado no Gueto de Lodz, onde perdeu o pai, e passar por Auschwitz, onde perdeu a mãe, Abraham foi enviado para os campos de Brauschweig, Watenstadt e Ravensbruck. Na noite de 1º para 2 de maio de 1945 foi libertado pesando 28 quilos, com tuberculose nos dois pulmões, escorbuto e disenteria com sangue. Dentre 200 parentes seus apenas ele e um primo sobreviveram.
Após a queda do nazismo, o jornalista prometeu a si mesmo como objetivo de vida contar à humanidade o “capítulo de perseguições, atrocidades e matanças” instituído por Adolf Hitler.
Ben Abraham passou dois anos de sua vida sendo transferido em hospitais americanos pela Alemanha e conseguiu se recuperar miraculosamente. Segundo ele “foi milagre; naquela época nem existia cura para tuberculose”. Após a recuperação, o jornalista presenciou outro conflito pelo qual se tornou vitorioso: a Guerra de Independência do Estado de Israel, em 1947.
Em 21 de janeiro de 1955, Abraham se estabeleceu no Brasil e recebeu a naturalização em 30 de janeiro de 1959. No país casou-se em 28 de abril de 1956 com Miriam Dvora Bryk e constituiu família.
Diante de seu trabalho e quinze livros relacionados ao Holocausto, o jornalista recebeu inúmeras homenagens das quais se destacam a Chave de Ouro do Memorial Yad Vashem de Jerusalém e a Medalha de Honra ao Mérito da Universidade de São Paulo.
Ben Abrahan morreu em São Paulo, dois meses antes de completar 91 anos.[1]
Bibliografia
- ...E o mundo silenciou (1972)
- Desafio ao destino (1974)
- Holocausto – O Massacre de 6 milhões (1976)
- O Trajeto (1978)
- Izkor (1979)
- Além do Infinito (1983)
- Segunda Guerra Mundial – Síntese (1983)
- O Anjo da Morte – Dossiê Mengele (1985)
- Janusz Korczak – Coletânea de Pensamentos (1986)
- Iom Hashoá (1988)
- Diário de um Repórter (1990)
- De Varsóvia a Entebe (1992)
- Mengele – A Verdade Veio à Tona (1993)
- Memórias – Retrospectivas dos Fatos (1996)
- As Incríveis Travessuras De Ricardinho (1998)
Ver também
Ligações externas
- Site oficial (em português)
- USP homenageia Ben Abraham e José Mindlin
- Jornal da USP - Um prêmio pela vida
- Visão Judaica Online
Referências
- ↑ «Morre em S. Paulo o historiador Ben Abraham». Menorah Brasil. Consultado em 9 de outubro de 2015