D. Beatriz Pereira de Alvim (1380[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — Lisboa, 1414[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi uma nobre portuguesa, única filha do casamento entre D. Nuno Álvares Pereira, Condestável de Portugal e D. Leonor de Alvim que chegou à idade adulta,[1] teve dois irmãos que morreram novos. Como tal tornou-se a herdeira do seu pai que, além de Conde de Arraiolos, de Barcelos e de Ourém, detinha uma das maiores fortunas de toda a Península Ibérica.
Vida
Nasceu no Minho, onde viviam os pais. A mãe tinha propriedades na região de Cabeceiras de Basto que tinha herdado.
Beatriz esteve sempre ao cuidado da mãe até cerca dos oito anos. O pai estava ocupado na guerra.
Tendo ficado orfã de mãe em 1388, ficou aos cuidados da avó paterna, Iria do Carvalhal. Estas viveram em Évora, onde residia o condestável.[2]
Em 1 de Novembro de 1401 Beatriz casou em Frielas com D. Afonso, filho ilegítimo do Rei D. João I e de Inês Pires Esteves e futuro Duque de Bragança.[3] Este casamento irá dar origem à Casa de Bragança, a maior do Reino, e que se tornará Casa Reinante de Portugal em 1640.
Pelo casamento, tornou-se na condessa de Barcelos, tendo o título e os bens sido transmitidos pelo condestável ao genro. Isto foi validado pelo rei.
Nunca chegou a ser duquesa, pois o ducado de Bragança seria criado anos mais tarde. Morreu de parto.[2]
Matrimónio e descendência
Do seu casamento com Afonso nasceram os seguintes filhos:
- D. Afonso,[4] futuro 1.º Marquês de Valença, o primeiro a nascer;
- D. Isabel de Bragança, casada com João de Portugal, que foi a avó materna de Manuel I de Portugal e de Isabel I de Castela;
- D. Fernando,[4] futuro 2.º Duque de Bragança.
Não se conhece exatamente a data de nascimento do primeiro filho, mas sabe-se que Fernando terá nascido em 1403, sendo o mais novo e Isabel teria nascido em 1402.
Beatriz é a antepassada de diversos monarcas de Portugal e da Europa. Através da filha Isabel, Beatriz é a bisavó da rainha Leonor e do irmão desta, o rei Manuel, tal como da prima deles: Isabel I de Castela. Os descendentes de Manuel e da prima, a rainha Isabel, estão presentes em diversos países, sendo que em Portugal foram a Dinastia de Bragança e seus atuais descendentes.
Referências
- ↑ Sotto Mayor Pizarro 1997, pp. 278 y 308.
- ↑ 2,0 2,1 Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira
- ↑ Carvalho Correia 2008, pp. 400, 403, n. 1620, y 502.
- ↑ 4,0 4,1 Carvalho Correia 2008, pp. 403, n. 1620.
Bibliografia
- Carvalho Correia, Francisco (2008). O Mosteiro de Santo Tirso, de 978 a 1588: A silhueta de uma entidade projectada no chao de uma história milenária. Santiago de Compostela: Tese de doutoramento. Facultade de Xeografía e História. Universidade de Santiago de Compostela. ISBN 978-8498-8703-81
- Sotto Mayor Pizarro, José Augusto (1987). Os Patronos do Mosteiro de Grijó. Porto: [s.n.] ISBN 978-0883-1886-37
- Chronica do Condestabre de Portugal Dom Nuno Alvarez Pereira