Bárbara de Alencar | |
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Pintura imaginária de Bárbara de Alencar. A revolucionária foi perseguida até sua morte, e não restou nenhuma imagem que a retratasse. O que se sabe é que era branca de porte alto. A imagem acima é de autoria de Ernane Pereira (2009) | |
Nome completo | Bárbara Pereira de Alencar |
Nascimento | 11 de fevereiro de 1760[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Exu, Capitania de Pernambuco, Brasil Colonial |
Morte | 18 de agosto de 1832 (72 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Fronteiras, Província do Piauí, Império do Brasil |
Nacionalidade | Brasileira |
Ocupação | Comerciante |
Prêmios | Livro de Aço dos Heróis da Pátria |
Página oficial | |
http://barbaradealencar.org.br/ |
Bárbara Pereira de Alencar (Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Exu, 11 de fevereiro de 1760 — Fronteiras, 18 de agosto de 1832) foi uma comerciante e revolucionária brasileira. É uma das personagens mais importantes da Revolução Pernambucana e da Confederação do Equador.[1][2][3]
Era avó do escritor José de Alencar, e tem como uns dos seus descendentes o escritor Paulo Coelho em sexta geração.[4][5]
Biografia
Bárbara Pereira de Alencar nasceu no dia 11 de fevereiro de 1760 em Senhor Bom Jesus dos Aflitos de Exu, sertão de Pernambuco, na Fazenda Caiçara — pertencente ao patriarca da família Alencar, o português Leonel Alencar Rego, seu avô. Adolescente, Bárbara se mudou para a então vila do Crato (também situada na Chapada do Araripe), casando-se com o comerciante português José Gonçalves do Santos.[6][7]
A heroína republicana era mãe dos também revolucionários José Martiniano Pereira de Alencar e Tristão Gonçalves de Alencar.
No contexto da Revolução Pernambucana de 1817, teve os bens da família confiscados e foi presa e recolhida ao Quartel de 1ª Linha, entre a Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção e a Cadeia do Crime (depois Cadeia Pública). De lá, saiu para as prisões do Recife e posteriormente da Bahia, conforme depoimento autorizado do Barão de Studart, que desfaz o relato inverídico que tenha sido encerrada sob uma abóbada no subsolo da fortaleza, acima apontada. O relato infundado criado por Théberge se acha no seu "Esboço Histórico da Província do Ceará".
Morreu depois de várias peregrinações em fuga da perseguição política em 1832 na cidade piauiense de Fronteiras, mas foi sepultada em Campos Sales, no Ceará. Seu túmulo está em processo de tombamento.
Na poesia
Em 1980 o escritor Caetano Ximenes de Aragão publicou o épico livro-poema Romanceiro de Bárbara sobre a Confederação do Equador com ênfase na saga desta heroína em 77 poesias, recentemente reeditado pela secretaria de cultura do Ceará sob a coleção Luz do Ceará.[8][9]
Homenagens
- Em 11 de fevereiro de 2005, foi lançada pelo Centro Cultural Bárbara de Alencar a “Medalha Bárbara de Alencar”. Anualmente, três mulheres, sempre no dia 11 de fevereiro serão agraciadas com o prêmio por suas ações junto a sociedade.[10]
- O centro administrativo do Governo do Ceará é batizado de Centro Administrativo Bárbara de Alencar.
- Em Fortaleza existe estátua da heroína situada na Praça da Medianeira na Avenida Heráclito Graça próxima ao Ginásio Paulo Sarasate.
- O pintor Ernane Pereira é o autor das imagens postadas nesta página. (2009).
- Pela Lei 13.056 de 22 de Dezembro de 2014 teve o seu nome inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.[11]
- A Fundação Demócrito Rocha produziu uma série de documentários sobre os cearenses, e Bárbara de Alencar foi a segunda personagem histórica a ser homenageada.
Referências
- ↑ «História apaga rosto de primeira presa política do Brasil». Folha de S.Paulo. Consultado em 9 de maio de 2017
- ↑ «A Biblioteca Nacional relembra Bárbara de Alencar no Dia Internacional da Mulher | Biblioteca Nacional». www.bn.gov.br (em English). Consultado em 24 de setembro de 2018
- ↑ «BÁRBARA PEREIRA DE ALENCAR». www.caestamosnos.org. Consultado em 24 de setembro de 2018
- ↑ «Conheça Bárbara de Alencar, uma das lideranças da Revolução Pernambucana de 1817 | Brasil de Fato». Brasil de Fato (em português). 6 de março de 2018
- ↑ Fernando Morais. «O Mago: A incrível história de Paulo Coelho». Consultado em 23 de julho de 2019
- ↑ «Bárbara de Alencar, a primeira presa política do Brasil». Coisa de Cearense (em português). 2 de julho de 2012
- ↑ Campos, Wanessa. «A PRESIDENTE BÁRBARA - Mulheres do Cangaço». www.mulheresdocangaco.com.br (em português). Consultado em 24 de setembro de 2018
- ↑ ARAGÃO. Caetano Ximenes de. Romanceiro de Bárbara. série luz do Ceará. Fortaleza, Secretaria de cultura do Ceará, 2010.
- ↑ Gildacio. «1920-Heroína Nacional - Bárbara de Alencar...». portal.ceara.pro.br (em English). Consultado em 24 de setembro de 2018
- ↑ «Museu resgata história de Bárbara de Alencar - Regional - Diário do Nordeste». Diário do Nordeste. Consultado em 24 de setembro de 2018
- ↑ Portal da Legislação - Governo Federal (22 de dezembro de 2014). «Lei 13.056 de 22 de Dezembro de 2014». Consultado em 23 de dezembro de 2014
Bibliografia
- Araújo, Ariadne - Bárbara de Alencar. Fortaleza: Fundação Demócrito Rocha, 2017, ISBN 9788575298169
- Gaspar, Roberto - Bárbara de Alencar: a guerreira do Brasil. Universidade de Indiana, 2001,
Ligações externas
- Vídeo-Documentário sobre Bárbara de Alencar
- Página do Centro Cultural Bárbara de Alencar
- Notícia sobre o prémio “Medalha Bárbara de Alencar”
- Meu negócio brilhante. Bárbara Pereira de Alencar, avó do escritor José de Alencar, foi revolucionária
- Fotos da Casa de Bárbara de Alencar