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Avelino da Costa Cunhal

Avelino Cunhal
Nome completo Avelino da Costa Cunhal
Nascimento 28 de outubro de 1887[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Seia, Portugal
Morte 19 de dezembro de 1966 (79 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Coimbra, Portugal
Residência Avenida Duque de Ávila, Lisboa
Nacionalidade Portugal Português
Ocupação Advogado, historiador, dramaturgo, pintor, desenhador
Magnum opus Senalonga

Avelino Henriques da Costa Cunhal (Seia, Seia, 28 de outubro de 1887[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — Coimbra, Sé Nova, 19 de dezembro de 1966[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi um advogado, historiador, dramaturgo, pintor, desenhador e resistente da Ditadura do Estado Novo português.

Biografia

Arquivo:Avelino Cunhal Homens no mar 1953.jpg
Homens no mar, 1953, óleo sobre contraplacado
Avelino Cunhal, fotografia do cartão de associado na SNBA, c. de 1946

Filho de José Henriques, Jr. (Castanheira de Pera, Castanheira de Pera, 1850 - 1905) e de sua mulher Umbelina Jenny da Costa Cunhal (Seia, Seia, 1858 - 1902).

Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Administrador do Concelho de Seia, em 1922/1923 foi nomeado Governador Civil do Distrito da Guarda e em 1924 veio para Lisboa, onde exerceu advocacia, destacando-se na defesa de diversos acusados pela ditadura de crimes contra a nação e práticas subversivas.

Foi professor de História de Portugal no Colégio Valsassina[1], onde deu aulas a alunos como Francisco George.

Foi colaborador das revistas Vértice, Seara Nova e O Diabo. Escreveu dois romances, Senalonga, cujo tema é Seia, sua terra natal, e Areias Secas. Foi, ainda, dramaturgo, tendo escrito várias peças de teatro em um acto, estas sob o pseudónimo de Pedro Serôdio. Naquele Banco, Ajuste de Contas, Dois Compartimentos e Tudo Noite são algumas delas. Estas peças tinham claras intenções de intervenção social, pelo que foram alvo de censura, constituindo «uma das raras presenças do neo-realismo na literatura dramática portuguesa» (Manuel Alves de Oliveira, 1990).

Sempre integrado na corrente neorrealista, Avelino Cunhal destacou-se como pintor e desenhador. Participou em Salões da Sociedade Nacional de Belas Artes, Lisboa, e nas Exposições Gerais de Artes Plásticas (SNBA), tendo visto uma das suas obras apreendida pela polícia na mostra de 1947.[2][3]

A postura intelectual e política de Avelino Cunhal era claramente de esquerda e todos os seus trabalhos são uma forma de intervenção e de luta contra o regime. Avelino Cunhal esteve preso durante vários meses, um dos quais incomunicável, precisamente pela sua acção intelectual e política.

Encontra-se enterrado no Cemitério do Alto de São João, em Lisboa, onde optou por uma vala comum.

Casamento e descendência

Casou em Coimbra, Sé Nova, a 22 de Agosto de 1908 com Mercedes Simões Ferreira Barreirinhas (Coimbra, Sé Nova, 5 de Maio de 1888 - Lisboa, 12 de Setembro de 1971), e teve dois filhos e duas filhas:

  • António José Barreirinhas Cunhal (Coimbra, Sé Nova, 1910 - Lisboa, 1932), solteiro e sem geração
  • Álvaro Barreirinhas Cunhal (Coimbra, Sé Nova, 10 de Novembro de 1913 - Lisboa, 13 de Junho de 2005)
  • Maria Mansueta Barreirinhas Cunhal (Coimbra, Sé Nova - Seia, Seia, 13 de Janeiro de 1921)
  • Maria Eugénia Barreirinhas Cunhal (Lisboa, 17 de Janeiro de 1927 - Lisboa, 10 de Dezembro de 2015), casada em Lisboa a 21 de Maio de 1949 com Fernando Manuel da Rocha de Medina (Lisboa, 15 de Março de 1924 - Lisboa, 9 de Setembro de 1965), médico, com geração

Obras

  • Nevroses: contos (1915);
  • Três peças num acto (1965);
  • Senalonga: pequenas histórias de uma vila em 1900 (1965);
  • «Acarretando lenha» (1973);
  • Areias secas (1980).

Referências

  1. «Frederico Valsassina (1930-2010)». Semanário Expresso. 22 de Maio de 2010. Consultado em 4 de Julho de 2011 
  2. A.A.V.V. – Os anos 40 na arte portuguesa (tomo 1). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 83
  3. A.A.V.V. – Os anos 40 na arte portuguesa (tomo 2). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1982, p. 17, 18

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