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Artaxerxes I Longímano (em persa antigo: Artaxšaça) (497 a.C.[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] — 427 a.C.[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]) foi um rei do aquemênida, filho de Xerxes I e Améstris.[1] Após o assassinato de Xerxes I em 465 a.C., ele assumiu o trono persa, onde permaneceria até 424 a.C., sendo sucedido por seu filho Xerxes II. Os autores gregos lhe deram o sobrenome “Longímano”. Eles explicam o termo simbolicamente como “com grande alcance” ou de forma racionalizada, porque sua mão direita era mais longa que a esquerda.[2]
No seu governo um mensageiro ou guerreiro grego foi a Susã e obrigou o imperador a assinar com a Grécia um tratado de paz, no qual a Pérsia libertava as colônias gregas na Anatólia, no litoral do mar Egeu, tais como Troia, Mileto, Halicarnasso, e outras, ficando o Egeu totalmente sob controle grego.
Reinado
Historiadores não chegam a acordo no que diz respeito ao ano em que Artaxerxes começou o seu reinado. Assim sendo, muitos têm apontado 465 a.C. como o ano de sua ascensão ao trono, uma vez que seu pai, Xerxes I, que havia começado a reinar em 486 a.C., morreu no 21º ano do seu reinado.
Há outras evidências, porém, que mostram que a ascensão de Artaxerxes ao trono pode ter-se dado em 475 a.C. e de que o primeiro ano do seu reinado se completou em 474 a.C.[carece de fontes]
- De acordo com o Cânone de Ptolomeu, ele reinou de 465 a 424 a.C.[3]
- Esculturas e inscrições encontradas em Persépolis (antiga capital persa) dão evidência de que Xerxes co-regeu, durante 10 anos, com seu pai, Dario I. Sabendo que Xerxes reinou sozinho durante 11 anos após a morte de Dario, que se deu em 486 a.C., 474 a.C. pode ser apontado como sendo o primeiro ano do reinado de Artaxerxes.
- Segundo o historiador grego Tucídides, Temístocles, general ateniense, chegou à Ásia Menor quando Artaxerxes havia ascendido ao trono "há pouco tempo". Temístocles, embora tendo vencido o exército persa em 480 a.C., acabou por ser vencido e acusado de traição, factos que o levaram a refugiar-se na corte persa. Tendo passado 1 ano antes que Temístocles falasse com Artaxerxes e tendo morrido em 471 a.C. (conforme Diodoro Sículo, historiador grego), Temístocles deve ter chegado à Ásia Menor em 473 a.C.
- Ernst Hengstenberg, assim como outras fontes, declara que o reinado de Artaxerxes começou em 474 a.C.
Guerra contra o Egito
Em 462 ou 461 a.C.,[carece de fontes] Artaxerxes I, enviou seu tio Aquêmenes ao Egito, comandando mais de trezentos mil soldados, para suprimir uma revolta.[4] A batalha deu-se próxima ao rio Nilo, e os egípcios e os líbios tiveram ajuda de Atenas,[5] que enviou duzentos navios.[6] A batalha, inicialmente, foi vantajosa aos persas, pelo seu maior número, mas, quando os atenienses tomaram a ofensiva, os persas fugiram,[6] se retirando para uma fortaleza branca, onde foram sitiados pelos atenienses.[7]
Filhos e sucessão
Artaxerxes I, filho de Xerxes I e Améstris,[8] só teve um filho legítimo, Xerxes II, filho de Damáspia.[9] Damáspia morreu no mesmo dia que Artaxerxes I.[9] Artaxerxes I teve dezessete filhos ilegítimos, dentre os quais Secidiano (Soguediano), filho da babilônica Alogina, Oco (o futuro rei Dario II Nótus) e Arsites pela babilônia Cosmartidena e Bagapeu e Parisátide pela babilônica Ândria.[9] Durante o reinado de Artaxerxes I, Oco foi feito sátrapa da Hircânia e casou-se com sua meia-irmã Parisátide.[9]
Secidiano conspirou com os eunucos e assassinou Xerxes II quando este estava dormindo, depois de ficar bêbado em um festival, quarenta e cinco dias depois da morte de seu pai.[10] Os corpos de pai e filho foram levados juntos para Pasárgada, porque as mulas que levariam o corpo do pai haviam se recusado a andar, como se esperassem o filho, e se moveram assim que este corpo chegou.[10] Soguediano reinou por sete meses[11] e foi assassinado por seu sucessor, Dario II Nótus, que reinou por dezenove anos.[11]
Referências
- ↑ «Artaxerxes I Makrocheir». Livius.org. Consultado em 22 de junho de 2021
- ↑ https://iranicaonline.org/articles/artaxerxes-i
- ↑ Cláudio Ptolomeu (compilador), Cânone de Ptolomeu, Os reis dos persas [em linha]
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.1
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.2
- ↑ 6,0 6,1 Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.3
- ↑ Diodoro Sículo, Biblioteca Histórica, Livro XI, 74.4
- ↑ Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 24 [em linha]
- ↑ 9,0 9,1 9,2 9,3 Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 47 [em linha]
- ↑ 10,0 10,1 Ctésias de Cnido, Pérsica, texto em epítome por Fócio, Biblioteca de Fócio, 48
- ↑ 11,0 11,1 Predefinição:Citar diodoro sículo
Bibliografia
- de Almeida, João Ferreira, A Bíblia Sagrada - Antigo e o Novo Testamento, Revista e Atualizada no Brasil, 2a. edição, Barueri/SP, Sociedade Bíblica do Brasil, 1993, ISBN 85.311.0279-0
- Wood, Lynn Harber, The Chronology of Ezra 7, Review and Herald Pub. Association, 1970
Precedido por: Xerxes I |
xá aquemênida 466 a.C. — 424 a.C. |
Sucedido por: Dario II |
Faraó (466 a.C. — 424 a.C.) 27ª Dinastia
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