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Antônio Ernesto Gomes Carneiro

Predefinição:Info/Militar Antônio Ernesto Gomes Carneiro (Serro, 28 de novembro de 1846 - Lapa, 9 de fevereiro de 1894) foi um militar brasileiro, com participação na Guerra do Paraguai e na Revolução Federalista.

Biografia

Nasceu em Serro, Minas Gerais, em 28 de novembro de 1846, onde iniciou seus estudos, os quais deu seguimento no Seminário de Diamantina e em Curvelo.

Em 1864, ao eclodir a Guerra do Paraguai, fazia o Curso de Humanidades no mosteiro dos Beneditinos, no Rio de Janeiro, levando-o a alistar-se como soldado no Primeiro Corpo de Voluntários da Pátria.

Na guerra conquistou a graduação de Primeiro Sargento e Alferes, por bravura; tendo sido ferido três vezes em combate (Estero Bellaco, Piquissiri e Lomas Valentinas). Mal se restabelecia e já se apresentava para nova missão.

Após o final da guerra, matriculou-se na Escola Militar, em 1872, tendo atingido as seguintes promoções militares:

Em 1881 acompanhou o Imperador D. Pedro II em sua viagem a Minas Gerais.

Chefiou a Comissão Construtora de Linhas Telegráficas na "Marcha para o Oeste", de 1890 a 1892, tornando-se o responsável pelo recrutamento do então tenente Cândido Rondon.

Revolução Federalista

Convocado para a região sul durante a Revolução Federalista, foi nomeado comandante do 5º Distrito Militar, mas depois por ordens de Floriano Peixoto passou o comando para o Marechal Pego Junior. Carneiro conhecia Pego por suas ideias monarquistas e temeu que este se unisse aos revoltosos, mas isso não se deu. Por outro lado, Pego Junior e Vicente Machado, então governador do Paraná, fugiram do estado covardemente com suas tropas (essas que eram de mais de 1000 homens ficaram desorientadas e, então, desertaram e/ou perderam-se na fuga). O Paraná e a capital Curitiba estavam sem exército e governantes, só a Lapa estava guarnecida, Carneiro e suas tropas foram cercados na cidade da Lapa, Paraná, em um dos mais célebres episódios da vida militar brasileira, conhecido como Cerco da Lapa.

Cerco da Lapa

O Coronel Gomes Carneiro e os Heróis do cerco da Lapa.

Foram vinte e seis dias de resistência com um efetivo militar de 639 praças e patriotas(civis voluntários), foram cercados por 3000 homens comandados por Gumercindo Saraiva. A capitulação só houve depois da morte de Carneiro e pela falta de comida e iminente falta de munição, a resistência definiu o vencedor, pois atrasou o avanço dos federalistas e permitiu que as tropas legalistas se organizassem e posteriormente derrotassem os revoltosos.

O então Coronel Gomes Carneiro foi ferido, morrendo dois dias depois, em 9 de fevereiro de 1894, ainda dando ordens.[1] Um dia antes, sem o saber, fora promovido a General de Brigada, por bravura. Seus restos mortais se encontram no Panteão dos Heróis, na cidade de Lapa, junto com todos os combatentes que morreram no cerco e os que morreram posteriormente.

Homenagens

Em sua homenagem foram batizados como " General Carneiro" um município no Paraná, outro no Mato Grosso, como também uma das avenidas de Sorocaba, em São Paulo.

Personagem histórica

Na obra O Triste Fim de Policarpo Quaresma, o escritor Lima Barreto abandona momentaneamente a ficção e lhe faz um insuspeito elogio:

... só a Lapa resistia tenazmente, uma das poucas páginas dignas e limpas de todo aquele enxurro de paixões. A pequena cidade tinha dentro de suas trincheiras o Coronel Gomes Carneiro, uma energia, uma vontade, verdadeiramente isso, porque era sereno, confiante e justo. Não se desmanchou em violências de apavorado e soube tornar verdade a gasta frase grandiloqüente: resistir até a morte.

Ao saber da queda da Lapa, Marechal Floriano Peixoto exclamou: "Se a Lapa caiu, Gomes Carneiro morreu!"

Foi, por seu valor inconteste, designado Patrono do Sétimo Regimento de Infantaria, na cidade rio-grandense de Santa Maria, uma das maiores e mais famosas unidades do Exercito Brasileiro.

Ver também

Referências

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