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Andradita

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Andradita é uma espécie de mineral do grupo da granada. É um nesossilicato, com fórmula Ca3Fe2Si3O12.

A andradita inclui três variedades:

  • Melanita: de cor negra, rica em titânio.[1]
  • Demantoide: de cor verde vívida, uma das mais valiosas e raras pedras no mundo gemológico.
  • Topazolita: de cor amarela esverdeada e por vezes com qualidade suficiente para ser lapidada como gema.

Foi descrita pela primeira vez em 1868, a partir de uma ocorrência em Drammen, Buskerud, Noruega.[2] Foi assim designada em homenagem ao seu descobridor, o mineralogista brasileiro, estadista e poeta José Bonifácio de Andrada e Silva (1763-1838).[3]

Homenagem luso-brasileira

A nomeação do mineral é uma lembrança àquele que é considerado o Pai da Pátria brasileira, e deriva do trabalho de José Bonifácio como químico. Havia ele sido discípulo do italiano Domenico Vandelli, cujo filho Alexandre António Vandelli veio a se casar com sua primogênita, Carlota Emília.[4]

Alexandre Vandelli fora trazido a Portugal pelo Marquês de Pombal, durante as reformas que este empreendeu em seguida à expulsão dos jesuítas do país. Seu mais destacado aluno veio a ser, justamente, o brasileiro José Bonifácio que, na área da química, geologia e mineralogia granjeou respeito internacional, a tal ponto que, em 1868, James Dwight Dana batizou de Andradita à granada de ferro e cálcio.[4]

Ocorrência

Cristais negros de andradita: Melanita - uma variedade do mineral.

Ocorre em skarns desenvolvidos em calcários impuros ou rochas ígneas cálcicas sujeitas a metamorfismo de contato; em xistos cloríticos e serpentinitos e em rochas ígneas alcalinas (tipicamente titaníferas). Os minerais associados incluem vesuvianita, clorita, epídoto, espinela, calcita, dolomita e magnetita.[3] É encontrada na Itália, nos Montes Urais, Arizona e Califórnia no Oblast de Dnipropetrovsk na Ucrânia.[carece de fontes?]

Tal como as restantes granadas, a andradita cristaliza no grupo espacial cúbico Ia3d, com parâmetro de célula unitária 12.051 Å a 100 K.[5]

No Brasil, a ocorrência do mineral andradita foram descritas na Província Uranífera de Lagoa Real (BA); nos Complexos Alcalinos de Barreiro e Serra do Salitre (MG); em Currais Novos na mina Brejuí (RN); em Lajes (SC); na mina Jacupiranga e em Itaparapuã Paulista (SP). Também pode ocorrer em clorita xisto e serpentinito[6].

A coloração do mineral (em razão de impurezas presentes) confere à andradita algumas outras variedades, tais como: a bredberguita (andradita com magnésio), colofonita (andradita de coloração marrom amarelada), demantóide (andradita verde), melanita (andradita com titânio), schorlomita (andradita de coloração preta) e topazolita (andradita semelhante ao brilho e cor do topázio)[5].

Propriedades Químicas e Físicas

Propriedades Físicas

O mineral não apresenta plano de clivagem, sendo quebradiço e com fratura de irregular a concoidal. Possui dureza na faixa de 6,5 à 7 e ainda com densidade relativa de 3,75 g/. Dentre as propriedades diagnósticas, relativas a identificação do mineral, a forma dodecaédrica a trapezoédrica dos cristais; a elevada dureza; a cor e brilho metálico.[7]

Propriedades Químicas

É um mineral do grupo dos Nesossilicatos ou Grupo da Granada. Está compreendido no sistema isométrico, em especial na classe hexaoctaédrica (4/m2/m). Normalmente granular ou maciço. Forma cristais bem cristalizados dodecaédricos, trapezoédricos ou combinados[8].

Dificilmente solúvel em HCl e HF[7].

Notas

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Referências

  1. Mindat.org
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  3. 3,0 3,1 Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Handbook
  4. 4,0 4,1 Adilio Jorge Marques e Carlos Alberto Lombardi Filgueiras (novembro de 2009). «Uma família de químicos unindo Brasil e Portugal» (PDF). Química Nova na Escola, Vol. 31, N° 4. Consultado em 9 de novembro de 2010 
  5. 5,0 5,1 Thomas Armbruster e Charles A. Geiger (1993): Andradite crystal chemistry, dynamic X-site disorder and structural strain in silicate garnets. European Journal of Mineralogy v. 5, no. 1, p. 59-71.
  6. BRANCO, P.M. (2008). Dicionário de Mineralogia e Gemologia. São Paulo: Oficina de Textos. 608 páginas 
  7. 7,0 7,1 «ANDRADITA (Andradite)» 
  8. Heinrich, E.W. (1965). Microscopic Identification of Minerals. New York: McGraw-Hill. 414 páginas 
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