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Ana Moser

Ana Moser
campeã do grand prix
Ana Moser, 2003.
Voleibol
Nome completo Ana Beatriz Moser
Apelido Aninha
Modalidade Voleibol indoor
Nascimento 14 de agosto de 1968 (56 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Blumenau, SC
Nacionalidade brasileira
Compleição Peso: 70 kg • Altura: 1,85 m[1]
Posição Ponteira
Medalhas
Competidora do Brasil
Jogos Olímpicos
Bronze Atlanta 1996 Equipe
Campeonatos Mundiais
Prata Brasil 1994 Equipe
Copa do Mundo
Prata Japão 1995 Equipe
Bronze Japão 1999 Equipe
Grand Prix
Ouro Xangai 1994 Equipe
Ouro Xangai 1996 Equipe
Ouro Hong Kong 1998 Equipe
Prata Xangai 1995 Equipe
Prata Yuxi 1999 Equipe
Copa dos Campeões
Bronze Japão 1997 Equipe
World Top Four
Prata Japão 1994 Equipe
Jogos da Boa Vontade
Bronze Seattle 1990 Equipe
Jogos Pan-Americanos
Prata Havana 1991 Equipe
Competidora do Sadia EC
Campeonatos Mundiais
Ouro São Paulo 1991 Equipe
Competidora do CA Sorocaba
Campeonatos Mundiais
Ouro São Paulo 1994 Equipe

Ana Beatriz Moser (Blumenau, 14 de agosto de 1968) é uma ex-voleibolista brasileira indoor, considerada uma das maiores atacantes da história do voleibol brasileiro.[2] Serviu a seleção brasileira que trouxe a primeira medalha olímpica para o voleibol feminino. Moser possui medalhas nas categorias de base da seleção brasileira e por esta também disputou três edições dos Jogos Olímpicos, sendo medalhista em Campeonato Mundial, Copa do Mundo, Copa dos Campeões e Jogos Pan-Americanos. Foi a capitã da seleção principal em várias competições e obteve títulos importantes, como o tricampeonato do Grand Prix e o bicampeonato no Mundial de Clubes.[3]

Carreira

Ana Moser começou a jogar vôlei aos 7 anos de idade e com apenas 16 anos transferiu-se para São Paulo, após ter sido convocada pela primeira vez para a seleção infanto-juvenil. Integrou a seleção adulta em 1987,[4] e participou como titular com a camisa 2 dos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988,[5] e de Barcelona em 1992.

Após as Olimpíadas, afastou-se da seleção, liderando um boicote contra o técnico Wadson de Lima. Retornou ao grupo no final de 1993, com a entrada de Bernardo Resende. A partir de então, tornou-se uma das principais armas ofensivas da equipe durante toda a década de 90.[6] Em clubes, Ana atuou pelo Transbrasil, Sadia, Colgate/São Caetano, Leite Moça/ Sorocaba, Mizuno/Uniban, Dayvit/Barueri, Universidade de Guarulhos e BCN/Osasco.[6]

Além de ter conquistado, junto com a seleção brasileira, diversas colocações em campeonatos importantes do voleibol mundial, tais como o título do Grand Prix (1994[2]/1996) e a medalha de bronze dos Jogos Olímpicos,[2] Ana é conhecida pela dedicação com que se entregou ao esporte. Ao longo de sua carreira, sofreu quatro intervenções cirúrgicas e teve de submeter-se a incontáveis tratamentos fisioterápicos de forma a estar em condições de cumprir seus compromissos profissionais.[7]

Seus primeiros problemas remontam ao final de 1995, quando sofreu grave contusão no joelho, apesar de já ter realizado cirurgia preventiva no início do mesmo ano. Contra os prognósticos de seus médicos, a atleta conseguiu recuperar-se a tempo de participar das Olimpíadas de Atlanta,[2] quando ajudou sua equipe a conquistar a medalha de bronze,[2] primeira em toda a história do voleibol feminino brasileiro nos Jogos Olímpicos.[6]

Foi poupada do Grand Prix em 1998, retornando apenas no segundo semestre para participar do Campeonato Mundial. Apesar de apresentar-se em grande forma neste torneio, o Brasil não logrou subir ao pódio, ficando apenas com o quarto lugar.[6]

No ano seguinte, Ana participou do Grand Prix e da Copa do Mundo, competição na qual o Brasil classificou-se para as Olimpíadas de Sydney.[6] Em 30 de novembro de 1999, anunciou sua aposentadoria definitiva das quadras, que foi marcada por um jogo de despedida reunindo as principais jogadoras do vôlei nacional na época: Amigas da Ana Moser contra a Seleção da Superliga.[5]

Na Copa do Mundo de 2003, Ana Moser auxiliou o técnico José Roberto Guimarães, observando as equipes adversárias e coletando informações para enriquecer o esquema tático da seleção na competição. O empenho de Ana Moser foi tamanho, que a seleção chegou ao segundo lugar na classificação final.[6]

Ana Moser desenvolveu em 1998 um projeto de formação de atletas baseado no ensino de voleibol em escolas públicas e privadas do Brasil. Este projeto foi a inspiração para o trabalho do Instituto Esporte & Educação, por ela criada e presidida.[6]

Atuou também como comentarista de jogos no canal de TV a cabo ESPN Brasil e também no canal aberto Rede Bandeirantes, comentando a atuação da seleção feminina no torneio de Montreux Volley Masters, em 2005 e 2006, na Suíça. Em 2003 lançou o livro: “Pelas Minhas Mãos”, onde relata sua experiência como jogadora.[7] Em maio de 2009 Ana Moser é eternizada ao entrar para o seleto Hall da Fama do Voleibol, se tornando a quarta personalidade brasileira a conquistar a tal honraria.[6][7]

Em 2014, Moser foi convidada para participar do reality show de negócios O Aprendiz, em uma temporada com celebridades,[8] tornando-se a vencedora da disputa posteriormente. Desde julho de 2015, Ana atua como comentarista de vôlei da RedeTV!.[9]

Características

Desde o início de sua carreira, Ana Moser atuou como ponta, destacando-se nos fundamentos ofensivos. Seus 1,85m de altura - estatura considerada baixa para os padrões internacionais na década de 1990 - eram compensados por uma força física fora do comum, o que lhe permitiu obter diversos prêmios individuais de Melhor Atacante e Melhor Saque em torneios internacionais importantes. Na Olimpíada de Atlanta de 1996, Ana Moser executou um saque viagem fortíssimo, chegando à velocidade de 106 km/h, marca atingida apenas por atletas da categoria masculina. Dotada de grande espírito de liderança, tornou-se símbolo de uma geração que parecia poder levar o país à elite do voleibol feminino mundial - posição que já era ocupada pela modalidade masculina desde o início dos anos 80.[6]

Ana também marcou em sua carreira por possuir um temperamento forte, um fato conhecido da atleta exemplifica tal afirmação, pois liderou um boicote ao técnico Wadson Lima em 1992 que a deixou um ano afastada da seleção, e foi um dos principais pivôs das discussões com a equipe cubana que levaram à pancadaria generalizada que se sucedeu à derrota do Brasil nas semifinais das Olimpíadas de Atlanta.[6] Na referida semifinal olímpica de Atlanta Ana confrontou-se sozinha com as atletas cubanas na rede, após um jogo disputadíssimo, pedindo "respeito" à todas, mas em especial a Mireya Luis, capitã e comandante das provocações por parte do time cubano durante toda a partida.[6]

Após afastar-se das quadras, foi uma das poucas atletas a criticar abertamente a CBV (Confederação Brasileira de Voleibol) quando uma nova crise instalou-se entre jogadoras e treinador - neste caso, Marco Aurélio Motta, indicado em 2001 como sucessor de Bernardo Resende, o qual havia assumido na ocasião o comando do voleibol masculino.[6]

Clubes

Clube[6] País De Até
Transbrasil/Pinheiros  Brasil 1985 1988
Sadia  Brasil 1988 1991
Colgate/São Caetano  Brasil 1991 1993
Leite Moça/ Sorocaba  Brasil 1993 1996
Mizuno/Uniban  Brasil 1996 1997
Dayvit/Barueri  Brasil 1997 1998
UNG  Brasil 1998 1999
BCN/Osasco  Brasil 1999 1999

Títulos e resultados

Prêmios individuais

Referências

  1. Predefinição:Citar sports-reference
  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 «Ana Moser, ex-capitã da seleção, fala sobre atuação do Brasil no Japão». globoesporte.com. 17 de novembro de 2011. Consultado em 3 de maio de 2012 
  3. 3,0 3,1 3,2 «Player's biography». FIVB. Consultado em 27 de janeiro de 2014 
  4. Lajolo, Mariana (23 de setembro de 2001). «Musa teen surge como a nova Ana Moser». Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de janeiro de 2014 
  5. 5,0 5,1 «Ana Moser: Potência a serviço do Brasil». Euvivoesporte.com.br. Consultado em 19 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 2 de novembro de 2012 
  6. 6,00 6,01 6,02 6,03 6,04 6,05 6,06 6,07 6,08 6,09 6,10 6,11 6,12 6,13 6,14 «Ana Moser». CBV. Consultado em 27 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 2 de fevereiro de 2014 
  7. 7,0 7,1 7,2 «Ana Moser». Arenabiz. Consultado em 27 de janeiro de 2014 
  8. «Ana Moser está confirmada em Aprendiz Celebridades». R7. 27 de fevereiro de 2014. Consultado em 27 de fevereiro de 2014 
  9. «RedeTV! contrata Ana Moser como comentarista do voleibol feminino». RedeTV! (em português). UOL. 2 de julho de 2015. Consultado em 19 de novembro de 2016. Cópia arquivada em 19 de novembro de 2016 
  10. 10,0 10,1 10,2 10,3 «SUPERLIGA 08/09: Histórico da Superliga». CBV. 27 de outubro de 2008. Consultado em 27 de janeiro de 2014. Arquivado do original em 17 de outubro de 2014 

Ligações externas

Predefinição:Seleção Brasileira de Voleibol Feminino - Olimpíadas de 1988 Predefinição:Seleção Brasileira de Voleibol Feminino - Olimpíadas de 1992 Predefinição:Seleção Brasileira de Voleibol Feminino - Olimpíadas de 1996

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