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Aliança para o Progresso (em inglês: Alliance for Progress; em espanhol: Alianza para el Progreso) foi um amplo programa cooperativo destinado a acelerar o desenvolvimento econômico e social da América Latina, ao mesmo tempo que visava frear o avanço do socialismo nesse continente.[1]
Origem
A sua origem remonta a uma proposta oficial do Presidente John F. Kennedy, no seu discurso de 13 de Março de 1961 durante uma recepção, na Casa Branca, aos embaixadores latino-americanos. O discurso foi transmitido pela Voz da América em inglês e traduzido em espanhol, português e francês.[carece de fontes]
A Aliança duraria 10 anos, projetando-se um investimento de 20 bilhões de dólares, principalmente da responsabilidade dos Estados Unidos, mas também de diversas organizações internacionais, países europeus e empresas privadas.[carece de fontes]
A proposta foi depois pormenorizada na reunião ocorrida em Punta del Este, Uruguai, de 5 a 27 de Agosto, no Conselho Interamericano Económico e Social (CIES) da OEA. A Declaração e Carta de Punta del Este foram ambas aprovadas por todos os países presentes.[carece de fontes]
A Aliança para o Progresso inclui entre os objetivos acabar com o analfabetismo até 1970, fazer a reforma agrária, distribuir renda, evitar a inflação e promover a industrialização. Leonel Brizola, então deputado federal, demonizava a Aliança para o Progresso e a via como um aríete dos interesses intervencionistas americanos.[2]
Extinção
Inicialmente, a Aliança foi recebida com entusiasmo, chamada de o Plano Marshall da América Latina. Porém, o clima de otimismo demonstrado no início de 1961 pelas autoridades sul americanas se transformou, em meados de 1962, em ceticismo ou total descrença. As autoridades sul americanas desejavam apenas receber recursos para financiar a infraestrutura e se irritaram com as exigências dos norte-americanos de que a região realizasse esforços fiscais para manter os orçamentos equilibrados.[carece de fontes]
Roberto Campos descreveu o sentimento local, em carta a um alto oficial do governo norte-americano datada de setembro de 1962, reclamando que os Estados Unidos estariam preocupados apenas com o "primado da estabilização", e não com o desenvolvimento econômico e social.[3]
A Aliança foi extinta em 1969 por Richard Nixon.[carece de fontes]
Legado
No Brasil, várias missões americanas aportaram no litoral brasileiro. Natal, capital do Rio Grande do Norte, recebeu visitas do navio Hope, que distribuía leite em pó. Na cidade também foi fundado um bairro com o auxilio do Programa Aliança para O Progresso - Cidade da Esperança, além da Escola Estadual Presidente Kennedy, inaugurado na ocasião da visita do senador americano Robert Kennedy a Natal. Na cidade de Guarabira na Paraiba, também nos anos 60 uma escola estadual leva o nome do Presidente John F. Kennedy, se tornando uma das mais belas escolas da região com um grande legado no ensino público.[carece de fontes] E na cidade de Limeira foi construída a ETA (Estação de Tratamento de Água) em 1967, referência no tratamento de água e esgoto no Brasil e que mais tarde seria privatizada e se tornaria a Primeira concessionária de serviços de saneamento básico no Brasil (água e esgoto), fruto da Aliança para o Progresso.[4]
Ver também
Referências
- ↑ Sperb, Paula (19 de dezembro de 2020). «Índice ideológico orientou ajuda dos EUA a governadores para desestabilizar Jango». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de dezembro de 2020
- ↑ «Plano de 1961 queria barrar avanço cubano». Folha. Consultado em 20 de julho de 2019
- ↑ «Dois pesos, duas medidas: os acordos financeiros de maio de 1961 entre Brasil e Estados Unidos durante os governos Jânio Quadros e João Goulart (1961-1962)». Scielo. Consultado em 20 de julho de 2019
- ↑ https://abconsindcon.com.br/wp-content/uploads/2018/05/1%C2%BA-ENA-Responsabilidade-Social-%C3%81guas-de-Limeira.pdf
Bibliografia
- Luis Agudello Villa, Hernando. 1966. La revolución del desarrollo. Origén y evolución de la Alianza para el Progreso. Editorial Roble, México D.F.
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