O Aeródromo Militar de Tancos é uma base e infraestrutura aeronáutica do Exército Português localizada no Polígono de Tancos, concelho de Vila Nova da Barquinha. Até 1993, foi uma base aérea da Força Aérea Portuguesa. Atualmente, a instalação alberga o comando da Brigada de Reação Rápida e também a sede da Unidade de Aviação Ligeira do Exército. Como aeródromo, a infraestrutura serve de apoio às aeronaves que se deslocam a Tancos para realizarem operações de treino e transporte das tropas paraquedistas que se encontram estacionadas na região.
Futuro
Com a necessidade de construção de um novo aeroporto complementar de Lisboa, utilizando a infraestrutura militar do Montijo, a Força deslocalizará para o Aeródromo Militar de Tancos, as esquadras de transporte táctico militar - Esquadra 502 "Elefantes" e Esquadra 501 "Bisontes" - correspondentes ás aeronaves EADS CASA C-295 e Lockheed C-130 Hercules. Com esta mudança, a Força Aérea aproveitará para dotar a Base Aérea de Tancos de infraestruturas para a nova aeronave Embraer KC-390,[1] bem como para o apoio ao combate directo e indirecto a incêndios florestais.[2]
História
O Aeródromo Militar de Tancos foi ativado em 1919, com a instalação da Esquadrilha Mista de Depósito, transferida para ali vinda de Alverca. Em 1921, torna-se a sede da primeira unidade operacional portuguesa de aviação de caça, a Esquadrilha de Caça N.º 1. Com a criação da Força Aérea Portuguesa, em 1952, o aeródromo passou para a tutela deste ramo, já como base aérea. Em 1993, o aeródromo é transferido para o Exército, operando como base de tropas paraquedistas.
Ao longo da sua história, a base teve as seguintes denominações e funções:
Na Aeronáutica Militar (Exército Português):
- 1919: Instalação da Esquadrilha Mista de Depósito (EMD);
- 1920: Inauguração oficial do Campo de Tancos, onde continua sedeada a EMD;
- 1921-1927: Campo de Tancos, sede da Esquadrilha de Caça N.º 1;
- 1927-1938: Campo de Tancos, sede do Grupo Independente de Aviação de Proteção e Combate;
- 1938: Base Aérea de Tancos, base de aviação de caça;
- 1938-1952: Base Aérea N.º 3, base de aviação de caça.
Na Força Aérea Portuguesa:
- 1952-1955: Base Aérea N.º 3, base de aviação de caça;
- 1955-1993: Base Aérea N.º 3, base de aviação de ligação, transporte e treino de tropas paraquedistas.
No Exército Português:
- 1993-2006: Aeródromo Militar de Tancos, sede do Comando de Tropas Aerotransportadas e do Grupo de Aviação Ligeira do Exército;
- 2006-atualidade: Aeródromo Militar de Tancos, sede do comando da Brigada de Reacção Rápida e da Unidade de Aviação Ligeira do Exército (UALE).
Referências
- ↑ Group, Global Media (8 de junho de 2017). «Força Aérea - Governo vai comprar cinco KC-390 para substituir C-130». DN
- ↑ Group, Global Media (18 de julho de 2017). «Aeroporto - Deslocalizar Força Aérea do Montijo custará 130 milhões nos próximos cinco anos». DN