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Abdalaque II

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Abdalaque.

Predefinição:Info/Nobre Abdalaque II,[1] Abde Alhaque II,[2] ou Abde Alaque II[1] (em árabe: عبد الحق; romaniz.: ‘Abd al-Ḥaqq) foi sultão do Império Merínida (do atual Marrocos) entre 1420 a 1465. Era filho de Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap.

Vida

Abdalaque foi feito sultão em 1420 sob a regência de um vizir oatácida, e mais tarde foi sultão nominal sob a alçada da família dos Oatácidas, ramo poderoso dos Merínidas,[3] até 1465.[4] Era filho de Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap, que fez uma tentativa malsucedida de recuperar Ceuta dos portugueses em 1419.

Isto levou à instabilidade no Império Merínida, culminando num golpe popular, em Fez em 1420, no qual Abuçaíde foi morto.[3] À época, o seu filho e herdeiro, Abdalaque tinha só um ano de idade, perfilando-se como principal candidato de sucessão.[3] Uma luta de sucessão rapidamente se precipitou, enquanto outros pretendentes emergiam, à porfia pelo trono.[5][6]

Predefinição:Ilc era governador de Salé.[6][7] Ouvindo a notícia do assassinato do sultão, apressou-se a assumir o domínio do palácio real, proclamando Abdalaque o novo sultão e autonomeando-se seu regente e ministro-chefe (vizir). Marrocos caiu em desordem e conflito.[5] Em 1423, o regente emergiu como o governante efetivo do Estado.[8]

Quando Abdalaque atingiu a maioridade em 1437, Abu Zacaria recusou-se a abdicar da regência.[9] Em 1437, o rei de Portugal, Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap ordenou que Tânger fosse sitiada, mas o empreendimento foi malsucedido[3][1], levantando o moral dos marroquinos e aumentando o prestígio dos xarifes que lideravam a defesa.[10] Abu Zacaria aproveitou a vitória para consolidar o seu poder.

Qualquer pensamento sobre a rendição da regência foi esquecido.[11] Em janeiro de 1438, sob sua administração, a tumba de Predefinição:Lknb Predefinição:Nwrap, fundador de Fez, foi redescoberta, tornando-se importante local de peregrinação.[10] Abu Zacaria foi sucedido pelo sobrinho Ali ibne Iúçufe em 1448, que por sua vez foi sucedido no mesmo ano pelo filho de Abu Zacaria, Iáia.[12] Em 1458, os portugueses desforram-se da derrota em Tânger, conquistando Alcácer Ceguer.[3]

Na sequência de uma reforma fiscal particularmente mal recebida pela população, Abdalaque foi assassinado, por degolação[3], em 1465 durante a Revolução Marroquina daquele ano.[13]

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 Serrão 1992, p. 4.
  2. Coelho 1989, p. 101.
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 3,5 Bigotte de Carvalho, Maria Irene (1997). Nova Enciclopédia Larousse vol. 1. Lisboa: Círculo de Leitores. p. 10. 314 páginas. ISBN 972-42-1477-X. OCLC 959016748 
  4. Bosworth 1996, p. 41.
  5. 5,0 5,1 Julien 1931, p. 195–196.
  6. 6,0 6,1 Abun Nasr 1987, p. 114.
  7. Julien 1931, p. 195.
  8. Powers 2002, p. 162.
  9. Julien 1931, p. 196.
  10. 10,0 10,1 Powers 2002, p. 14.
  11. Julien 1931, p. 196–198.
  12. Syed 2011, p. 150.
  13. Bosworth 1996, p. 42.

Bibliografia

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  • Abun Nasr, J. M. (1987). A History of the Maghrib in the Islamic period. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia 
  • Bosworth, Clifford E. (1996). The New Islamic dynasties. Edimburgo: Imprensa da Universidade de Edimburgo. ISBN 978-0-231-10714-3 
  • Coelho, António Borges (1989). Portugal na Espanha Árabe: História. Lisboa: Editorial Caminho. ISBN 9722104209 
  • Julien, Charles-André (1931). Histoire de l'Afrique du Nord, des origines à 1830. Paris: Payot 
  • Powers, David S. (2002). Law, Society and Culture in the Maghrib, 1300-1500. Cambrígia: Imprensa da Universidade de Cambrígia 
  • Serrão, Joel (1992). «Abdalaque ou Abde Alaque». Dicionário de História de Portugal (em português). 1. Porto: Livraria Figueirinhas e Iniciativas Editoriais. 3500 páginas 
  • Syed, Muzaffar Husain; Akhtar, Syed Saud; Usmani, B. D. (2011). Concise History of Islam. Nova Déli: Vij Books India PVt Ltd. 

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