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A República (Rio de Janeiro)

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A República foi um periódico publicado no Rio de Janeiro à época da crise do Segundo Reinado.

Histórico

Fundado por Salvador de Mendonça, em sua redação contavam-se os nomes dos cinquenta e sete membros dissidentes do Partido Liberal (apelidado de luzias), liderados por Quintino Bocaiuva, que trazia suas impressões colhidas em viagem aos Estados Unidos, e Joaquim Saldanha Marinho. Ambos haviam decidido formar um Clube Republicano no Rio de Janeiro em meados do ano de 1870 e, ao final daquele ano, fundam o jornal.[1]

Em seu primeiro número, em 3 de dezembro de 1870, vinha a público o Manifesto Republicano, a partir do qual se oficializou o republicanismo no Brasil.[2]

As ideias republicanas então divulgadas em suas páginas muitas vezes eram confusas e não raro eivadas de contradições, mas ainda assim encontravam eco na sociedade onde os anseios por mudanças no governo era crescente.[1]

Considerado como um arauto da República, primeiro periódico a defender abertamente as ideias republicanas no país, em suas páginas colaboravam Aristides Lobo, Lafayette Coutinho, Pedro Soares de Meireles e Flávio Farnese, entre outros. Influenciou, nos anos seguintes, a criação do Partido Republicano Paulista, na então Província de São Paulo, e de diversos outros por todo o país.

A sede do jornal foi empastelada na noite de 23 para 24 de fevereiro de 1873, por praticantes de capoeira incitados por seus patrões, conservadores; capoeiristas e republicanos passaram então a se odiar.[3]

O jornal circulou até 1888.

Referências

  1. 1,0 1,1 Luiz Carlos Delorme Prado (2003). «A Economia política das reformas econômicas da primeira década republicana». Análise Econômica. Consultado em 19 de julho de 2018. Cópia arquivada em 19 de julho de 2018 
  2. Margarida de Souza Neves (2003). «Os cenários da República: O Brasil na virada do século XIX para o século XX». Brasil Republicano: Estado, sociedade civil e cultura política. O tempo do liberalismo excludente. Da Proclamação da República à Revolução de 1930. 1a ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira. v. 4. P. 14 a 44. Consultado em 19 de julho de 2018. Arquivado do original (PDF) em 19 de julho de 2018 
  3. Carlos Eugênio Líbano. «Golpes de mestres» (PDF). Nossa História. Consultado em 19 de julho de 2018. Cópia arquivada em 19 de julho de 2018 

Ver também

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