Predefinição:Info/Arquiteto Álvaro Vital Brazil (São Paulo, 1909 - Rio de Janeiro, 9 de agosto de 1997) foi um arquiteto e engenheiro brasileiro. [1]
Biografia
Álvaro é filho do médico imunologista e pesquisador biomédico brasileiro de renome internacional Vital Brazil[2].
Em 1933, gradua-se em engenharia na Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro e em arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes. Associa-se a Adhemar Marinho (1909) em um escritório de arquitetura e engenharia, onde desenvolve inicialmente projetos residenciais. De maneira precoce vencem o concurso de anteprojetos para um edifício de uso misto (comercial, residencial e escritórios) para a Usina de Açúcar Esther Ltda. na Praça da República, em São Paulo.
Concebido segundo os princípios do racionalismo funcionalista o Edifício Esther, 1936, ao lado do edifício da Associação Brasileira de Imprensa - ABI e do edifício sede do Ministério da Educação e Saúde - MES, ambos no Rio de Janeiro, se converte em uma das obras fundamentais da arquitetura moderna brasileira.
Ao estabelecer-se em São Paulo, o arquiteto se afilia aos Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna - CIAM, ao Clube de Engenharia e ao Instituto de Arquitetos do Brasil - IAB.
Nesse período, seus projetos e obras são publicados nos principais meios de difusão da arquitetura moderna no país: a revista de Engenharia da Prefeitura - PDF e a Revista de Arquitetura da ENBA.
Em 1938 regressa ao Rio de Janeiro para desenhar e coordenar a construção do edifício sede do Instituto Vital Brazil, 1942, fundado em 1919 por seu pai: o médico e cientista Vital Brazil Mineiro da Campanha. Em Niterói, desenha outras importantes obras, como três escolas públicas e a Estação Central Ferroviária. Posteriormente, como chefe do Serviço de Projetos e Construções do Serviço Especial de Mobilização de Trabalhadores para a Amazônia - SEMTA, projeta e dá seguimento à construção de pousadas nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, a Base Aérea de Manaus, 1944, e a estação do Aeroporto de Belém, 1945.
Em 1943 o Edifício Esther, as escolas de Niterói e o Instituto Vital Brazil se incluem na exposição Brazil Builds: Architecture New and Old; 1652-1942, no Museum of Modern Art - MoMA de Nova York.
Em 1946 desenha a sede do Banco da Lavoura de Minas Gerais S. A., em Belo Horizonte[3], e o edifício Clemente de Faria, que origina una série de projetos comerciais e empresariais dos anos 1940 e 1950. Em 1951 essa obra recebe um premio na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, na categoria de "edifícios de uso comercial".[4] Nos anos 1960 desenha importantes obras, como os Estaleiros da EMAQ - Engenharia de Máquinas S. A, 1966, no Rio de Janeiro, e lhe dedicam um suplemento especial no primeiro número da Revista ABA - Arquitetura Brasileira do Ano, com um ensaio crítico de Henrique E. Mindlin (1911 - 1971).
Sua última obra é o edifício Vital Brazil, 1978, um bloco de salas comerciais e garagens no Rio de Janeiro. Em 1986 é publicado um livro com sua obra: Álvaro Vital Brazil: 50 Anos de Arquitetura, obra que o arquiteto Salvador Candia (1924 - 1991), na apresentação, define como uma "lição de equilíbrio, serenidade e amor a ordem construtiva arquitetônica".
Fontes
Referências
- ↑ «Registro». Jornal do Brasil, ano CVII, edição 126, página 21/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. 12 de agosto de 1997. Consultado em 20 de março de 2021
- ↑ «Instituto Vital Brazil». O Instituto. Consultado em 13 de janeiro de 2013
- ↑ «Banco Real». Módulo (revista), edição 79, página 57/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. Março de 1984. Consultado em 20 de março de 2021
- ↑ «Memória: Álvaro Vital Brazil:50 anos de arquitetura». Módulo (revista), edição 92, página 2/republicado pela Biblioteca Nacional - Hemeroteca Digital Brasileira. Agosto de 1986. Consultado em 20 de março de 2021